quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Perfil Bibliográfico


Plínio Mendes dos Santos nasceu na bela Aquidauana, aos quatro dias do mês de janeiro de 1929. Porém, antes que completasse um ano de idade, seus pais, Pedro Chaves dos Santos e Joana Mendes dos Santos, se mudaram para Campo Grande. Ao completar seis anos, começou a estudar. Seus pais o matricularam na Escola São José, tradicional estabelecimento de ensino da cidade, então orientado pelo padre João Crippa. Prosseguiu seus estudos no Colégio Dom Bosco, onde em 1945, concluiu o ginásio, sem qualquer reprovação.

Após a Segunda Grande Guerra, em 1947, ingressou na Escola Técnica de Aviação, sendo comissionado na 8ª Esquadrilha. Classificado, em 1949, no curso de almoxarife, foi em seguida promovido a 3º Sargento. Ainda em 1949, época em que prestava serviço no Parque de Aeronáutica dos Afonsos, no Rio de Janeiro, foi transferido para a Base Aérea de Campo Grande. Aqui, foi promovido a 2º e, depois a 1º Sargento e, por fim, a Sub-oficial.

Cumpriu, por designação dos seus superiores, várias missões de confiança, como auxiliar em duas Comissões Fiscalizadoras dos Exames a Escola de Especialistas da Aeronáutica, em 1970 e 1971. No ano seguinte, foi designado professor do Curso Preparatório Complementar de Terceiro Sargento, o que lhe valeu um elogio de então comandante da Base Aérea, coronel-aviador Agostinho César Perlingeiro Perissé.

Em 1972, ainda foi designado para a Comissão Fiscalizadora do Concurso de Admissão à Escola Preparatória de Cadetes do Ar. Nessa ocasião, o nosso homenageado foi condecorado por haver completado 25 anos de bons serviços prestados à Força Aérea Brasileira. No ano seguinte, 1973, era designado novamente para a Comissão Fiscalizadora dos Exames de Especialistas de Aeronáutica. A 25 de julho do mesmo ano re3cebia, em solenidade pública, a Medalha de Prata. Em 1974, por necessidade de serviço, era transferido para Anápolis, Estado de Goiás. Esse era o militar exemplo.

Entretanto, sua brilhante carreira de militar e educador foi bruscamente interrompida: a 13 de julho de 1974, após o cumprimento de mais uma missão militar, encontrou a morte prematura a apenas dois quilômetros da cidade que tanto amou, num acidente automobilístico.

Mas, como bem retratou mensagem do Legislativo matogrossense, enviada à família do militar e educador, após sua morte, Plínio Mendes dos Santos era “um apaixonado pela Matemática, Geografia, Economia e Ciências afins” e sua vida, além da atividade militar, estaria sempre voltada apara o ensino, seu grande ideal.

Lecionando em vários estabelecimentos de ensino da cidade, como o Colégio Dom Bosco, Osvaldo Cruz, Colégio Estadual Maria Constança de Barros Machado, Colégio Batista, além de aulas particulares que dava a seus alunos até altas horas da noite, deixando de lado o tempo destinado ao descanso, foi gradativamente impondo sua condição de mestre emérito.

Não satisfeito com tudo que fazia em prol da educação, em favor de seus alunos, idealizou fundar um estabelecimento próprio, no qual pudesse colocar, mais à vontade, todo o vigor de sua inteligência: e transformou, com a ajuda dos irmãos Pedro, Terezinha e de seu pai, seu sonho em realidade: era o inicio das atividades de um grande estabelecimento de ensino da cidade, e que hoje se prepara para se transformar numa universidade: a Moderna Associação Campograndense de Ensino – MACE.

No entanto sua obra de educador perdura. E seria necessário ir além para justificar a razão do Executivo campograndense, através de seu chefe, o prefeito Levy Dias, querer perpetuar o nome de Plínio Mendes dos Santos nesta escola. Mais do que nesta escola, muitos deles hoje, portadores de diplomas universitários e que ainda ressentem a falta do mestre que tinha muito a oferecer, não fosse a morte colhê-lo de surpresa ao longo do asfalto da BR-163. (Fonte: Demílio, Jussara C. de Souza. História da Escola.UNIDERP.2000).